domingo, 4 de novembro de 2007

Pra que serve tanta surpresa?

Desde que Lucas Maiorano,jovem de 17 anos faleceu em uma festa rave, a imprensa e a sociedade tem feito um certo "escândalo", que ao meu ver é um tanto quanto "ridículo". Não estou desmerecendo o trabalho de alertar as periculosidades de tal evento, porém, sejamos sinceros ao falar deste tipo de festa.
Rave é um tipo de festa que acontece em sítios (longe dos centros urbanos) ou galpões, com música eletrônica. É um evento de longa duração, normalmente acima de 12 horas, onde DJs e artistas plásticos, visuais e performáticos apresentam seus trabalhos, interagindo, dessa forma, com o público. E que a maioria ou até mesmo todos nós sabemos que rola muita droga, principalmente ecstasy, lança-perfume e cocaína, drogas que fazem com que você fique mais "ligado" e muita bebida alcólica, bebida que rola em qualquer tipo de festa, não é mesmo? Então, para que tanta surpresa ao deparar-se com um jovem morto, outro atropelado e outros necessitanto de atendimento médico?
Parece que não dou muita importância ao alerta que a imprensa vem dando sobre as festas, acho muito bacana, porém é algo que já devia ter sido feito a muito tempo, todavia ainda não tinha morrido um "riquinho" menor de idade para que esse alerta fosse imposto a população, afinal a ideologia dominante é a ideologia burguesa.
Hoje em dia existe outra denominação que caracteriza Rave de pequeno porte, conhecida como PVT ou seja, "private" (festa privada), na qual a maioria das pessoas que comparecem são convidados e convidados dos convidados, sendo realizados também em sítios, chácaras ou outros lugares ao ar livre.
Pensem comigo, quem vocês acham que é convidado à estas festas privadas, o "neguinho da favela" ou o "filhinho de papai" que mora em um lindo apartamento no Leblon. E se o "neguinho da favela" fosse convidado e ocorrido algo fatal com sua vida,em meio a um bando de "playboys" acha mesmo que tal fato apareceria todos os dias no Jornal Nacional.
Sejamos realistas, concordo com a exibição de tal fato importatíssimo, para alertar os jovens de hoje, todos os dias na TV e nos Jornais, desde que tenha uma igualdade ao se falar sobre, ou seja, quando um pobre morrer pelo mesmo fato que não se pense "Ah era um marginal mesmo, para que publicar" e sim falar do mesmo modo como estão a falar agora sobre a morte de Lucas Maiorano.
Até a próxima postagem

4 comentários:

Anônimo disse...

É a mais pura verdade, esse tipo de evento sempre aconteceu, e não é segredo pra ninguém que nesse tipo de evento o que mais ocorre é o uso de drogas ilícitas, o que faltava era uma brecha pra imprensa cair matando em cima, e nada melhor pra fazer mais estardalhaço do que se lamentarem a morte de um menino da qual mostram uma boa imagem, mas sabemos que pra ele morrer desta maneira teria que ter consumido grande quantidade da droga, sem contar a carteira falsa da qual utilizava pro ingresso nesse evento.

Anônimo disse...

lamentavelmente esse fato e mais um exemplo da desigualdade social que atinge níveis alarmantes a cada dia que se passa, nos mostra que as notícias, os meios de comunição estão voltados para a classe dominante(burguesia), que adaptão as noticias de maneira geral, como se toda a população se encaichasse nos mesmo estilos de vida, temos que dar um fim a essa hipocrisia,essa demagogia, vivemos vendo pessoas mortas, abandonadas em carros roubados, delaceradas, coisas muito piores, não estou querendo desmerecer a gravidade desse caso, mas apenas quero mencionar que nosso pais possui uma mascara, e as vezes as verdades atras dessa mascara e são tao crueis que se torna mais interesante mostrar a realidade mais leve, basta apenas comprar o jornal "O POVO" e veremos o que realmente nossa sociedade passa, não desmerecendo os outros jornais como "MEIA HORA" e "EXPRESSO", os mais acessíveis ao povo, que "Coincidentemente" fornecem uma "salada de frutas" como notivicia, como se pode considerar tragedia a morte de um artista, e a morte de milhões apenas uma estatistica??,vamos lá pessoal,na sociedade de hoje, quem pensa encomoda, não vira massa de manobra, vamos atacar a classe dominante,não adianta dar murro em ponta de faca, sejamos uma mente só, levantem suas cabeças que a verdade vem átona!!!

Anônimo disse...

Se fosse o "neguinho"( sem preconceito)da favela que tivesse morrido no baile funk, lá no morro, será que sairia no "Jornal Nacional", Que país é esse?, sei que uma vida, não tem preço, que essa dor da perda de um filho é sem limites, mas foi ele que quis tomar a droga, responsabilidade dele, quantos não morrem pelos mais variados tipos de drogas, em vez de ficar dando destaque a morte de algéum , vamos dar atenção pra educação, pra informação útil pra esse país.

Anônimo disse...

Ótima abordagem à respeito de um tema que vem causando polêmica e alertando muitos pais à respeito desses tipos de " festinhas " que não costumam trazer nada benéfico ao jovem; de classe mais favorecida é claro, pois "pobre" não tem lugar em um evento desses, pois a consumação de qualquer produto que seja não é acessível aos mesmos. Mesmo assim declaro minha indignação desde já..........